quarta-feira, 21 de setembro de 2011

E enquanto falávamos em sala de aula...


21/09/2011 - 07h51
Google contrata hacker que revelou segredos de sua rede social

RAFAEL CAPANEMA

DE SÃO PAULO

Fuçando o código do Google+, o desenvolvedor austríaco Florian Rohrweck descobriu uma série de recursos da rede social que ainda não haviam sido lançados e revelou-os em seu blog.

Em vez de processar Rohrweck ou tentar convencê-lo a tirar os posts do ar, o Google o contratou.

Neste mês, ele se tornou o primeiro --e, por enquanto, único-- funcionário do recém-fundado escritório da empresa na Áustria.

Entre as descobertas de Rohrweck, estão a própria rede social (então denominada "Google Social"), a seção de jogos, a ferramenta de fotos e os círculos do Google+, além de outros produtos que até hoje não estão disponíveis para o público geral.

Sua principal função no Google será evitar que detalhes como aqueles que ele descobriu vazem e parem nas mãos da concorrência.

Leia, a seguir, a entrevista que ele concedeu à Folha por e-mail.
*
Arquivo pessoal
Florian Rohrweck, que foi contratado pelo Google depois de descobrir recursos inéditos do Google+
Florian Rohrweck, que foi contratado pelo Google depois de descobrir recursos inéditos do Google+

Folha - O que você fazia antes de começar a trabalhar no Google?
Florian Rohrweck - Eu fundei uma empresa de um homem só especializada em módulos de pagamento para lojas on-line e aplicativos de web. Também desenvolvi aplicativos para Android e ferramentas personalizadas de análise para transações de pagamento. Trabalhei ainda no campo de segurança de pagamentos.
Antes disso, eu tive uma série de empregos em que também desenvolvia controles para reposição de plantas aquáticas e aplicativos para a indústria química.

Como o Google chegou a você?
Wieland Holfelder, funcionário do Google, me procurou para falar sobre uma possível vaga de emprego pouco depois de eu ter vazado algo grande do Google+ antes do lançamento.
No começo, me ofereceram um trabalho de engenharia em Munique, mas eu estava com medo de fracassar porque nunca estudei e sou uma pessoa mais analítica/criativa, que sempre teve dificuldades para se encaixar no departamento de desenvolvimento das empresas.
Então eles concluíram que eu poderia ajudar a prevenir futuros vazamentos e tornar seguros seus aplicativos de web, para garantir que a concorrência não se aproveite de vazamentos no Android ou no seu ecossistema na web.

Como você descobriu esses "segredos" do Google+?
Basicamente fuçando o código dele. Partes do código estão disponíveis livremente. O resto é ter um bom "timing".
Eu já tinha algumas técnicas especiais de obter código JavaScript não lançado, então tive que vasculhar alguns Mbytes de código JavaScript criptografado para fazer engenharia reversa e obter ícones e gráficos que aludiam a ferramentas que ainda não haviam sido lançadas.

Quais das suas descobertas relacionadas a segurança você considera mais importantes, além das do Google+?
Descobri algumas falhas no Google Voice manipulando código. Também descobri algumas coisinhas legais do Android, mas não vou entrar em detalhes aqui :) Isso já deve ter sido corrigido.

Por que você recusou o convite de trabalhar no Google Munique?
Eu estava com medo de fracassar nos testes iniciais. Eu nunca estudei, abandonei a escola... Não sou o tipo de gênio de código que eles estavam procurando. Não me veria como uma mente brilhante mesmo se todo o mundo ficasse me dizendo isso. Sou bom em encontrar soluções não ortodoxas e em manipular código já existente, mas não em criar código novo que seja representativo ou extravagante.
Eu tinha medo de fracassar, e sempre sonhei em trabalhar no Google. Se eles decidissem não me contratar por causa desses problemas ou se me demitissem rapidamente, seria muito ruim para mim. Foi por isso que decidi recusar a oferta inicial.

O que você vai fazer no Google, exatamente?
Não posso dizer, é um grande segredo. Mas, basicamente, será centrado em segurança de aplicativos de web e em análise de possíveis vazamentos que protejam o futuro do Google. Eles querem permanecer à frente da concorrência, e vazamentos são uma grande ameaça a isso --alguns dos recursos que eu descobri só seriam lançados meses depois. Se a concorrência tivesse levado meu trabalho a sério, teria tido a chance de contra-atacar os planos do Google e lançar funções similares.
Também vou escrever artigos sobre como usar os produtos do Google e suas APIs [interfaces de programação de aplicativos] de uma forma mais simples do que a documentação oficial.

Em algum momento você foi visto pelo Google como inimigo?
Surpreendentemente, eles sempre admiraram meu trabalho. Eu estava com medo de tê-los irritado porque adoro o Google e sempre fico animado com seus produtos novos. Eu queria provar que o Google pode fazer coisas excelentes, e por isso vazei as coisas que descobri. Os blogs de tecnologia sempre disseram que as iniciativas do Google [para redes sociais] foram um grande fracasso, mas eu sempre senti que havia um plano maior atrás de todas essas pecinhas de quebra-cabeça. Então, comecei a juntar essas peças.
Eu causei uma bela bagunça no Google, e meus vazamentos foram o tópico principal de algumas reuniões na empresa.
Eles sempre foram muito gentis comigo, especialmente depois do lançamento do Google+. Eu até perguntei a eles se queriam que eu parasse com os vazamentos, mas eles nunca me impediram. Um funcionário do Google me disse que eu tenho o direito de publicar tudo o que descubro, porque eu merecia. Essa foi uma atitude muito legal e impressionante. Esse é o verdadeiro significado de "não seja mau" [lema do Google].

Por que você começou a fuçar no código do Google+?
Só por diversão. Sou uma pessoa muito intrometida e sempre quero a informação mais nova. Nunca pensei que o Google pudesse realmente prestar atenção em um blogueirinho como eu. Eles sempre pareciam estar anos-luz à frente de mim, mas, como se viu, liam meu blog com frequência :) Fiquei muito lisonjeado com isso.

A Apple contratou um dos hackers responsáveis pelo jailbreak [desbloqueio] do iPhone. Você acha que isso é uma tendência?
É uma tendência, de fato, e é uma boa tendência. Em vez de processarem pessoas que são basicamente entusiastas e que amam seus produtos, as empresas estão contratando novas mentes criativas que conseguem pensar fora da caixa. Fico feliz que a indústria esteja fazendo isso. A Sony poderia começar a fazer isso em vez de irritar os superusuários.
É raro que pessoas como eu sejam contratadas. Nós geralmente não nos candidatamos a empregos nas empresas de que mais gostamos. Há muito potencial lá fora esperando apenas ser libertado. Acredito que hackers e entusiastas podem ajudar as empresas a melhorar seus produtos.
Os tempos mudaram, não somos mais "inimigos". Isso me dá esperança no futuro da indústria de tecnologia da informação.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Enquanto uns....

Videogame violento gera agressividade, diz estudo
09 de janeiro de 2006 Terra Notícias

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI825426-EI1827,00-Videogame+violento+gera+agressividade+diz+estudo.html

Os videogames violentos ativam um mecanismo do cérebro que faz com que as pessoas se comportem de forma agressiva, segundo um estudo publicado no último número da revista Journal of Experimental Social Psycology. Os resultados da pesquisa foram divulgados em um momento em que muitos crimes estão relacionados com adolescentes viciados em videogames.
Segundo o relatório, jogos como o Doom e o Mortal Combat, que incluem assassinatos brutais e implicam o uso de armas, fazem com que os jogadores freqüentes se tornem insensíveis à violência.
Para realizar o estudo, os cientistas da universidade do Missouri-Columbia, nos EUA, mostraram imagens de violência real a jogadores freqüentes de videogames, que tiveram uma reação cerebral limitada.
Os pesquisadores verificaram que essa resposta limitada está associada à violência e se relaciona com um comportamento agressivo. Os cientistas mediram nos participantes um tipo de atividade cerebral chamado P300, que reflete o impacto emocional provocado por uma imagem.
As pessoas que tinham participado de mais jogos violentos tiveram uma reação mais fraca e, além disso, retardada em relação aos outros indivíduos. Quanto aos participantes que receberam a oportunidade de punir um suposto inimigo em um jogo, aqueles com uma resposta P300 inferior optaram pelos castigos mais duros.
 
Outros... 
  
Videogames Violentos não Criam Assassinos
Por Lucas Mendonça
Editor/Colaborador Brasil Escola.com  
 
http://www.brasilescola.com/sociologia/videogames-violentos-nao-criam-assassinos.htm 

      Os videogames matam? Será que a culpa da violência dos jovens na atualidade é por causa da excessiva quantidade de jogos eletrônicos violentos? Não está determinado ainda se videogames violentos conduzem crianças a comportamento sanguinário, mas um novo estudo concluiu que jogos de tiro não transformam garotos em assassinos.  
      Karen Sterheimer, socióloga da Universidade de Southern California que pesquisa este assunto desde 1999, disse que culpar os videogames pela violência dos jovens é algo muito relevante e deixa de considerar outros fatores importantes que podem claramente influenciar no comportamento do jovem.  
     "Uma sinfonia de eventos controla a violência", disse Sterheimer, que começou sua pesquisa depois que alguns especialistas atribuíram ao game "Doom" a culpa pelo ataque a tiros contra a Columbine High School, no Colorado, durante o qual dois alunos mataram 13 pessoas e depois se suicidaram no mesmo local, uma cena que chamou a atenção do mundo inteiro, e mais ainda ao saber que tais jovens eram viciados em jogos eletrônicos violentos.  
        O artigo de Sterheimer, "Videogames matam?", será publicado pela revista Context, da Associação Sociológica Americana, no momento em que a União Européia vem estudando proibir certos jogos violentos e harmonizar as penalidades impostas por seus países membros a varejistas apanhados vendendo esses produtos a menores de idade.
         A pesquisa de Sterheimer, que envolve análise da cobertura jornalística e de estatísticas do FBI com relação ao crime juvenil, constatou que nos 10 anos posteriores ao lançamento de "Doom" - e muitos outros títulos de nome violento-, o índice de prisão de menores de idade por homicídios caiu 77 por cento nos Estados Unidos.  
         "Se desejamos compreender por que os jovens se tornam homicidas, precisamos observar mais do que os jogos que eles jogam... (ou) perderemos algumas das mais importantes peças do quebra-cabeça", disse ela, mencionando violência na família e na comunidade, a alienação causada pela vida nos subúrbios e o menor envolvimento dos pais como outros possíveis fatores.  
         Sterheimer disse que culpar os videogames inocenta o ambiente em que a criança foi criada e também remove a culpa dos criminosos. "O problema é complicado e merece mais que uma solução simples", afirmou.
 
Nas ruas....

   Pai e filho em férias na Bahia conversam no trajeto do onibus Barra-Pelourinho. Os dois demonstram pouca intimidade, mas é possível ver o esforço que o pai faz com o adolescente para entrar em seu mundo!
 
- Então filho, como é mesmo o nome daquele jogo? De matar as coisas....

  O filho faz pouco caso, olha para o pai como se ele fosse de outro mundo, afinal como não conhecer os jogos de hoje em dia. Em que mundo será que ele vive?
 
- Tem muitos pai, você não vai querer saber!

- Claro que quero filho, jogar talvez não, mas estou curioso para saber como funciona. Em quem vocês tem que atirar e por que?
 
  O filho aos poucos vai se soltando e respondendo as perguntas, ainda que sua paciência com o pai e a cara do descontentamento com as férias num dia chuvoso de Salvador  sejam visíveis:
 
- Ué... Por que se atira em alguém? Para matar claro! Matar soldados! Matar zumbis! Matar pessoas, monstros, um pouco de tudo oras!

  É evidente o pânico paterno nesse momento! É possível ver no olhar do pai todas as reportagens, pesquisas dos jovens que "matam" nas ruas influenciados pelos jogo. Será o filho dele mais um futuro "terrorista"? Num só suspiro o pai indaga?

- Mas o que é melhor filho matar pessoas ou monstros, zumbis?

 Num momento de luz o menino percebe o pânico do pai, sorri e responde!

- É só um jogo pai! Sei a diferença de um jogo para realidade! Já você.... Mas tudo bem... Olha só matar num é legal... Mas posso te dizer que matar zumbis e monstros é menos estranho!

O pai sorriu aliviado!


 
 
 

O que todos deveriam ver!!!

http://www.viddler.com/explore/glauberataide/videos/1/

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro!!!

Hoje é exatamente 11 de setembro e nessa última semana foi impossível andar sem ouvir ou ver em todos os jornais, televisão, comentários, enfim por todos os lados sobre os 10 anos de queda das Torres Gêmeas!


Lembro-me a 10 anos atrás confusa e me perguntando, guerra contra o terrorismo?


Pois é a aula passada levantei uma pergunta que encarretou em discussão, será mesmo que com as novas tecnologias, globalização, a própria construção da cybercultura nós ficamos abertos a informações? Menos submetidos às manipulações e alienação da televisão por exemplo?


Se realmente pudéssemos estar tão conscientes disso tudo estaríamos hoje discutindo sobre um outro 11 de setembro, sobre uma outra luta contra o terrorismo, o qual estaria em pauta o maior dos "defensores" de um mundo em paz: EUA!


Pare e pense!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vandalismo de quem?




Vandalismo? Assim como fomos muitas vezes chamados de marginais por ir contra esse sistema cruel. Pare e pense! vandalismo? Está na hora de ver o que as coisas são de fato e não o que a mídia impõe para você! Reflitam!

domingo, 4 de setembro de 2011

As vezes eu queria tanto....


As vezes eu queria tanto...
Queria tanto acreditar...
Acreditar no mundo..
Acreditar na vida...
Acreditar quem sabe até no tal Deus,
Ou Deuses, ou força, ou energia...
Tudo isso que um dia o homem inventou para sofrer menos...


Acreditanto quem sabe você estaria comigo?
Acreditando quem sabe eu te sentiria mais próxima?
Acreditando quem sabe eu teria a esperança de vê-la novamente?


Acreditando ou não,
O fato é que você não está aqui!
E parte de mim morre a cada segundo.


Não te ter mãe, é a adquirir a mais impensável dor!
O fundo mais vazio e oco que possa existir!
É sofrer muito além do que um dia eu sofri pelo mundo! 
Por cada choro de uma criança timorense,
Por cada momento de conflito pós-guerra,
Por cada necessidade moçambicana,
Por cada miséria no mundo!


Não te ter mãe, é um mundo acabado!
É não ter mais energias para lutar pelo mundo!
Que sentido tem lutar sem você?
Como lutar sem seu apoio?
Não te ter mãe, é a adquirir a mais impensável dor!
O fundo mais vazio e oco que possa existir!
É sofrer muito além do que um dia eu sofri pelo mundo! 








quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Educar quem? Para que?

Espero que todos se sintam assim normalmente, mas as vezes me sinto um ET... Me lembra muito a música do Zeca Baleiro:

"eu não sou cristão 
eu não sou ateu
não sou japa não sou chicano
não sou europeu
eu não sou negão
eu não sou judeu
não sou do samba nem sou do rock
minha tribo sou eu
eu não sou playboy
eu não sou plebeu
não sou hippie hype skinhead
nazi fariseu
a terra se move
falou galileu
não sou maluco nem sou careta
minha tribo sou eu"
Fazer pedagogia e pensar educação para mim é mais do que complexo, é como se eu vivesse em um contexto à parte das pessoas as quais convivo na faculdade. Será que ninguém percebe o sistema o qual somos colocados e manipulados? 
É só ver os fatos, hoje escolas burguesas ensinam a ser burguês, ganhar dinheiro e continuar no topo, muitos chamariam de nome bonito "empreendedorismo": crescer nos negócios, na carreira e obter muitos bens. Já as escolas do povão, o "neguinho" será massacrado para acreditar que ser assalariado e ter carteira assinada é o melhor negócio do mundo, se conseguir um emprego na Petrobrás então nem se fala!!!
Que mundo estamos gente? Um mundo de castas!!! E depois ficamos horrorizados com as culturas alheias! Aí vem um maldito governador dizendo que professor deveria trabalhar por amor!!! 
Concordo! Deveríamos todos trabalhar por amor! Comece então pelo senhor, querido Cid Gomes, deixe de receber toda essa grana (incluindo os desvios, claro!) e invista na educação! Façam com que todos pensem para que enfim consigam ver o mundo e ver canalhas como você!
Por que morremos por futebol, mas não vamos as ruas quebrar tudo quando um maldito fala umas coisas dessas? 
Por que ainda escuto comentários tão superficiais na sala de aula? 
Por que as pessoas nem se quer conseguem diferenciar Formação de Professores de Pedagogia? 
Por que tenho que ouvir de uma professora mestre dizer que ciência é movida pela emoção??

Sei que não sou o exemplo de normalidade, mas será que sou assim tão de outro mundo?